Bill Gates afirmou:
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros”.
O poeta chileno Pablo Neruda, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura recorda-nos que escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias. Por sua vez, o igualmente laureado português José Saramago diz que escrevemos porque não queremos morrer. É esta a razão profunda do ato de escrever. O famoso escritor estado-unidense Stephen King frisa que se você quiser ser escritor, deve fazer duas coisas acima de todas as outras: ler muito e escrever muito. Mas, o nosso imortal Machado de Assis simplifica tudo e ensina que escrever é uma questão de colocar acentos.
Sem livros e sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever; inclusive a sua própria história. Sem adentrar no mérito, nós não possuímos e às vezes não fomentamos o hábito da leitura, é certo que ainda temos altos índices de analfabetismo, onde não conseguir ler nem mesmo o título deste artigo é a realidade de quase 10 milhões de brasileiros; mas a questão em si, é que dentre os alfabetizados o prazer de ler aparenta não ser um traço cultural vigente. Em tom de provocação, o imortal poeta gaúcho Mário Quintana disse certa feita que o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê.
Uma pessoa analfabeta está sujeita a uma série de preconceitos, desde sua inserção social plena na sociedade até para conseguir um emprego. Conforme o educador e filósofo Paulo Freire, “a alfabetização é mais, muito mais, do que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo”.
25 de julho é o Dia Nacional do Escritor. A exposição de motivos destaca que a data foi escolhida para homenagear profissionais indispensáveis no desenvolvimento da aprendizagem e cultura. A efeméride foi instituída em 1960 com a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, sendo uma iniciativa da União Brasileira de Escritores (UBE). À época, a instituição nacional era liderada por Jorge Amado e João Peregrino Júnior que propuseram a oficialização anual da data como celebração voltada ao segmento.
Para celebrarmos o Dia Nacional do Escritor a fórmula ideal seria através do incentivo da leitura, um hábito que carece ser instalado na infância e, caso as famílias descumpram essa missão, ser suprido pela escola na formação do aluno. Registre-se, ainda, que infelizmente muitos colégios não possuem bibliotecas, e quando existentes, muitas são pouco frequentadas. Nossos jovens têm acesso a todos os canais da era da informação, mas não têm informação de qualidade.
Nesse caso, para reverter esse quadro – uma responsabilidade e compromisso de autoridades, educadores, professores e pais – não basta oferecer aos estudantes os imprescindíveis e necessários livros clássicos e didáticos, mas, oportunizar-lhes a motivação e meios para lerem os principais autores nacionais e estrangeiros, da literatura de ficção e não-ficção, jornais, revistas e obras científicas e humanísticas; como forma de construção de uma sociedade inteligente, culta e capaz de conduzir a partir das cidades, o nosso país à um destino e rumo seguro. Quem lê sabe mais, escreve melhor, concatena ideias, adquire fluência verbal e destreza mental, ampliando seus horizontes e a visão de mundo à sua volta. Dissemine o hábito em sua casa e ambiente de trabalho. Comemore o Dia Nacional do Escritor influenciando pelo exemplo.
Crie o hábito da leitura, pois todo mundo concorda com a máxima de que ler é excelente para agregar mais conhecimento, se deparar com novos assuntos, melhorar nossa escrita e até mesmo aprimorar o senso crítico. Lembre-se que a criação do hábito está ligada à repetição e ler é um exercício que melhora a aprendizagem, exercita a mentalização, favorece a criatividade e que tem relação direta com a saúde mental, especialmente na diminuição do estresse.
Em primeiro lugar, para desenvolver o hábito da leitura, você precisa ler todos os dias. Parece simples, mas poucos o fazem. Para ler mais livros, a leitura deve se tornar uma prioridade. Um truque simples para iniciação é ler apenas 10 páginas por dia (cerca de 30 minutos para o leitor médio) e para tornar mais fácil a manutenção do costume, fazê-lo no mesmo horário todos os dias. Outra ótima maneira de desenvolver o hábito da leitura é torná-lo padrão em rotinas já estabelecidas. Por exemplo, trocar um hábito pela leitura, ao ir ao banheiro ao invés de levar o celular, ler um livro.
Para o poeta argentino Jorge Luiz Borges, quando os escritores morrem, eles se transformam nos seus livros. O que, pensando bem, não deixa de ser uma forma interessante de reencarnação. Carlos Drummond de Andrade afirmava que escritor não é somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira. Por fim, o pintor do romantismo francês Eugène Delacroix conclui que o mais belo triunfo do escritor é fazer pensar os que podem pensar.
Viva o Dia Nacional do Escritor!
Gilmar Cardoso
Cadeira 28 - Patrono: Clotário de Macedo Portugal
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